Levantamento da CCEE revela um aumento de 19,3% apresentado pela geração solar brasileira em 2021

Levantamento realizado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) mostra que, em 2021, a geração solar fotovoltaica brasileira passou por um crescimento de 19,3%. Trata-se do maior acréscimo anual entre as fontes que integram o Sistema Interligado Nacional (SIN). Apenas outra tecnologia mostrou um bom desempenho no ano: a eólica, com um aumento de 1,5%. A CCEE também afirma que tais porcentagens são reflexo da ampliação nos parques produtores e de questões climáticas.

De acordo com os dados levantados, no mesmo período, quando comparado aos números obtidos entre 2019 e 2020, tanto as fontes térmicas quanto as hidrelétricas foram afetadas pela diminuição do consumo, passando por uma redução de 7,1% e 0,9%, respectivamente. Considerando todas as fontes, a geração passou de 64.637,5 MW médios em 2019 para 63.596,8 MW médios em 2020, resultando em uma queda de 1,6%.

Com o coronavírus, a sociedade e a economia sofreram reflexos negativos, tornando o consumo de energia elétrica no país 1,5% menor em relação ao ano de 2019. Segundo Rui Altieri, presidente do conselho de administração da CCEE, o setor, sobretudo o de grande consumo, conseguiu se restabelecer rapidamente nos últimos quatro ou cinco meses do ano.

“Ainda assim, abril, maio e o início de junho foram muito ruins em termos de consumo nos setores de produção, bens e serviços. Nessa época acreditávamos que ficaríamos de 5% a 6% abaixo de 2019. Dadas as circunstâncias, uma redução de 1,5% é um dado animador”, destaca Altieri.

Além disso, o levantamento indica uma retração de 3,4% no mercado regulado e um crescimento de 2,8% do consumo no mercado livre. Tais números também foram afetados pela migração em massa dos consumidores entre os locais de contratação, que, em 2020, passaram por um acréscimo de 5.239 unidades consumidoras e 1.522 agentes.

Nos segmentos de operações das empresas que constituem o Ambiente de Contratação Livre (ACL), observa-se uma queda abrupta nos setores de transportes e veículos – com uma retração de 6,3% e 11,6%, respectivamente. Em relação à outra extremidade do ranking, o comércio cresceu 12,1%, e o setor de saneamento passou por um avanço de 24% no mesmo período. As porcentagens do CCEE levam em conta todas as cargas, englobando aquelas migradas ao mercado livre no ano passado.

A análise por região assinala que os estados que mais sofreram com a diminuição do consumo de energia em 2020 foram o Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Em comparação com os números registrados em 2019, os três estados passaram por uma queda de quase 5%. Por outro lado, o Mato Grosso, com uma elevação de 5%, o Pará, com 6%, e Amazonas, contando com um aumento de 3%, protagonizaram as maiores altas do país.


Data: 02/02/2021
Autor: Portal Solar
Fonte: Portal Solar